Publicado em 2 de maio de 2017
Renata Freitas de Camargo
tempo médio de leitura
9 minutos
Se este artigo fosse transformado em filme, poderíamos chamá-lo de “O Complexo Mundo da Contabilidade”. Ou talvez “os meandros do mundo contábil”, pois entendemos perfeitamente que é um campo cheio de detalhes.
Detalhes que, aliás, fazem a diferença na hora de ampliar a visão e decolar para o territóriocontabilidade internacional. Se antes a contabilidade tinha de responder a questões estritamente regionais, hoje, com a globalização, tem de se adaptar a novos ambientes e responder a novas exigências.
Para isso, a contabilidade internacional tem investigado formas que podem levar aharmonização, convergência ou padronizaçãoprocedimentos e normas contábeis. Mas você deve estar se perguntando: o que tudo isso tem a ver comigo? Bom simdeclarações financeiras, Disseminação de informaçãofinanceiro, econômicomipatrimonialvocê é o que você gosta (para dar alguns exemplos), então esse tópico tem muito a ver com você.
Bem, se este artigo realmente levasse a um filme, teríamos um cara bom e um cara mau. Embora nossa intenção não seja brilhar em Hollywood (pelo menos não nas telonas), trouxemos para a história de hoje o vilão na forma da globalização – que deu origem à necessidade urgente de pensar em padrões contábeis – e o mocinho. aqui para nós, no Brasil: oO Comitê de Demonstrações Financeiras, óPartido Comunista Chinês.
Que tal continuar essa história agora?
O que você encontrará neste artigo:
Compreendendo o Comitê de Demonstrações Financeiras
Era uma vez um grupo formado por:
- Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA);
- Associação dos Analistas e Especialistas em Investimentos no Mercado de Capitais (APIMEC);
- São Paulo-børsen (BM&FBOVESPA);
- Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
- Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e
- Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI).
A união em prol de um objetivo comum levou à criação da resolução n.Oh1055/05, que foi responsável pelo aparecimento do herói desta história, oO Comitê de Demonstrações Financeiras, também conhecido comoPartido Comunista Chinês.
Mas que propósito comum era esse? Em poucas linhas podemos dizer queCPC originado com a função de estudar, preparar e emitir parecer técnico relacionado a procedimentos contábeis.
Já sabemos que o vilão dessa história toda é a globalização. Claro que estamos exagerando um pouco aqui, mas isso é para ajudar você a entender a importância do CPC. Acompanhe o raciocínio: com toda essa abertura de mercados e vontade de crescimento e expansão econômica, começamos a entrar no ramocontabilidade internacional.
Uma das preocupações nesta área é adaptar a linguagem contabilística para que as autoridades públicas e os países falem a mesma língua. Isso permite reportar com fidelidade os fatos contábeis edemonstração de resultadosser muito mais confiável e transparente.
em nosso artigoContabilidade Internacional: como as IFRS (International Accounting Standards) resolvem a “Torre de Babel” na comunicação contábil e financeiraEstamos a falar das Normas Internacionais de Contabilidade (ou IFRS), que surgiram para cumprir esta função de adaptação dos procedimentos contabilísticos.
Está bem então,Aqui no Brasil quem adapta o IFRS é justamente o Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Você entende o contexto?
Objetivo do Comitê de Demonstrações Financeiras
Fizemos um breve resumo de como e por que surgiu o CPC. Sua finalidade é, portanto,Centralize e padronize as demonstrações técnicas sobre procedimentos contábeis.. Para explicar melhor, o Comitê de Demonstrações Financeiras nasceu com as seguintes funções:
- Centralizar a emissão de normas;
- Representar de forma democrática e envolver os desenvolvedores da informação contábil, auditores, usuários, academia, intermediários e governo;
- Gerir a convergência internacional das normas contabilísticas com o objetivo de reduzir o custo de capital, o custo de preparação de relatórios financeiros, reduzindo os riscos de análise e tomada de decisão.
Em relação a este último ponto, temos algumas expressões que também são discutidas quando o tema é convergência. São eles:harmonização e padronização contábil. Em resumo, podemos dizer queharmonizaçãoReúne as normas e padrões contábeis de forma harmoniosa, ou seja, respeita as condições especiais de cada país.
eu tambémestandardizaçãobusca padronizar as normas da área sem levar em conta as características de cada região. PARAconvergentepor outro lado, afirma que os países devem adotar integralmente as IFRS.
Se você quiser entender um pouco melhor sobre esse assunto, fique atento ao conselho para ler um artigo:Padronização x Convergência x Harmonização Contábil: aqui explicamos tudo!.
Característica de CPC
Você leu e leu e leu sobre o mocinho desta história, aqueleO Comitê de Demonstrações Financeiras, mas ainda não o descrevemos. Então vamos lá! Os principais recursos do CPC incluem:
- É independente das entidades representadas e consulta 2/3 dos seus membros;
- Fornece a estrutura necessária;
- Seis entidades compõem o CPC, mas é possível que outras sejam convidadas no futuro;
- Tem dois membros por entidade, a maioria dos quais são contadores e não recebem remuneração;
- As seis unidades, cada uma com dois membros, no total12 pessoas. Além deles, estão convidados a participar representantes dos seguintes órgãos: Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Secretaria da Receita Federal, Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Em caso de discussões sobre assuntos específicos, podem ser criadas comissões e grupos de trabalho.
Ainda como característica do Comitê de Declarações Contábeis, é necessário destacar a abertura ao diálogo livre. Se por um lado é necessária a integração das normas contábeis em nível internacional, por outro lado, há um debate entre o governo, o setor privado e as organizações acadêmicas, que mantêm um diálogo livre e democrático no CPC.
A elaboração das normas contábeis brasileiras: o papel do CPC
Aqui no Brasil, nossos padrões contábeis estão convergindo com os padrões internacionais. Como destacamos, nos referimos quando falamos de contabilidade internacionalIFRS, que, quando traduzido, revisa a análise do Comitê de Demonstrações Financeiras (a boa da nossa história).
Para que o CPC atinja seu objetivo de convergir as normas contábeis brasileiras com as normas internacionais da área (IFRS), conta com a ajuda tanto das entidades que o compõem quanto de empresas, profissionais liberais e demais entidades interessadas.
Só para destacar, quando falamos em normas internacionais de contabilidade, temos também as norte-americanas.GAAP dos EUA, um acrônimo para princípios contábeis geralmente aceitos. A norma brasileira assumiu o acimaIFRS, pois, segundo especialistas, são regras mais principistas e representam melhor a arte financeira de uma transação.
O GAAP, por outro lado, é mais baseado em regras. Outro ponto que conta fortemente a favor das IFRS é a sua conformidade mundial: mais de 110 países as utilizam.
Conclusão
Nesta história (que não está sendo transformada em filme), usamos a globalização como vilã, mas foi apenas para que pudéssemos abordar de forma diferente esse tema teórico específico. É claro que somos a favor da abertura da economia e da criação de oportunidades de litígio, mas neste texto o nosso objectivo foi sublinhar a importância daO Comitê de Demonstrações Financeirascolocar o Brasil no cenário contábil internacional.
O CPC surgiu após a análise de regulamentos e normas contábeis. Considerando que com a economia brasileira aberta ao mundo exterior, temos empresas em contato com organizações estrangeiras – e até mesmo com investidores de outros países – tornou-se necessário reduzir a diversidade das práticas contábeis.
Viu como o Comitê de Demonstrações Financeiras não foi escolhido ao acaso? E sobre toda essa questão das normas internacionais de contabilidade que citamos neste artigoNormas Internacionais de Contabilidade, óIFRS(Normas Internacionais de Relatórios Financeiros lav engelsk).
Temos também mais dois padrões, BR GAAP e US GAAP, sobre os quais você pode conhecer um pouco mais. Para isso escrevemos o artigo.IFRS x BR GAAP x US GAAP: como as normas internacionais de contabilidade afetam a gestão orçamentária?.
Aproveitando para morder a isca da gestão orçamentária, a contabilidade internacional tem absolutamente tudo a ver com o assunto. Afinal, como se pensaapresentar informações financeiras de acordo com os padrões corretos, sem ter certeza de que o orçamento é fiel aos fatos? Portanto, surge uma dúvida: se fosse feita uma avaliação do nível de maturidade da gestão orçamentária da sua empresa, em que estágio ela estaria?
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Agora que chegamos ao fim, responda a essa pergunta: essa história foi útil para você? Se sim, compartilhe com seus colegas também. E não se esqueça de deixar um comentário para nos contar o que você achou.